O motor V8 272 de 164cv e o câmbio de três marchas formavam um conjunto mecânico robusto e ao mesmo tempo macio proporcionando um rolar confortável, mesmo nas pavimentações de péssima qualidade da época.
As cores galáticas
A carroceria trouxe pinturas em oito tons de cores (todos sólidos) os nomes traziam alusões a elementos espaciais: Vermelho Marte, Bege Terra, Verde Júpiter, Preto Sideral, Cinza Cósmico, Azul Infinito, Azul Ágena e Branco Glacial. Opcionalmente a capota poderia vir na cor Branco Glacial criando, assim, o efeito “saia e blusa”.
As rodas, pintadas na cor da carroceria do veículo poderiam ser equipadas com duas opções de calotas. Uma pequena, que cobria o conjunto de porcas e prisioneiros, feita em metal cromado com pequenos detalhes em preto fosco vinílico com a inscrição Ford marcada três vezes no centro.
Por dentro
A tapeçaria é considerada um show de beleza à parte, os bancos inteiriços, poderiam ser revestidos em vinil ou combinar a forração de tecido com vinil. Enfeites no tecido com faixas decoradas conferiam requinte a tapeçaria, tudo desenhado em relevo (chamado de “costura eletrônica”) os assentos combinam com as forrações de porta que ostentam filetes cromados entre os materiais de forração.
Prazer ao dirijir
Ajudado pela direção hidráulica e pela ergonomia do painel, o Galaxie pode ser prazeiroso simples e eficiente de se conduzir. Para monitorar não é necessário desviar o campo de visão do motorista, tão pouco é preciso grandes deslocamentos do foco de atenção.
Com o medidor de nível do combustível à esquerda, velocimetro ao centro e abaixo dele o relógio de horas. Ainda no quadro principal do painel, deslocado para o centro, o miolo de contato da ignição.
As luzes-espia também ajudavam a parceber as condições mecânicas, uma para alertar se o motor ainda está frio, outra para avisar o super-aquecimento e uma terceira que alerta sobre o nível de óleo.
Abaixo do painel, ao lado esquerdo encontra-se também uma lâmpada internitente que avisa o acionamento do freio de estacionamento (feito com o pé, como nas caminhonetes atuais). Para comandar a ventilação interna e o acendimento das luzes botões cromados, parecidos com o do rádio AM, item de série. Dentro do porta-luvas um interessante “clipe” permite a fixação de documentos.
Toques de sofisticação
Os detalhes cromados internos ficavam por conta do retrovisor interno da alavanca de câmbio (na coluna de direção), haste das luzes de direção (com lampejador) e do “meio-aro” da buzina no volante. No painel uma linha em aço inox polido com textura estriada servia de adorno e contorno separativo dos materiais de fabricação.
1969
A família cresce
Em 1969 uma pequena mudança, a antena passa a ser fixada no páralamas dianteiro esquerdo. O Galaxie 500 ganhou seu primeiro “parente direto” o Galaxie LTD, uma versão ainda mais confortável, com direito ao teto de vinil, um ítem que o seguiria até o final de sua jornada e se tornaria um dos acabamentos mais lembrados e emblemáticos da linha Galaxie.
1971
Um novo top de linha
Em 1971 os carpetes foram diferenciados, o modelo básico ficou com o mais baixo e as outros com o mesmo oferecido até 69. A versão top de linha o Galaxie LTD perdeu sua “faixa-preta” e passou a se chamar LTD/Landau. O carro ganhou ainda mais conforto, a vigia traseira ficou menor e ele ganhou um adorno em formato de “S” na coluna traseira (Coluna “C”) – a idéia era lembrar as elegantes carruagens francesas de luxo chamadas Landau (a pronuncia em francês é “landô”, mas aqui no Brasil a palavra ganhou o som de como se escreve mesmo). Na dianteira do capô, bem ao centro, trazia a inscrição “LTD” que idêntificava o modelo.
Dois opcionais chegariam, para a família Galaxie, o ar-condicionado e o câmbio automático, esse último marcou época por ser inaugurar esta opção de câmbio entre os veículos nacionais. No quesito mecânica, enquanto o 500 manteve o conjunto, o LTD ganhou o novo motor V8 292 de 190cv.
1973
Tradição e um novo desenho
O ano de 1973 trouxe um novo desenho para a Família Galaxie, o conjunto óptico dianteiro ganhou a seta adornada por uma moldura em metal zamaq de desenho retangular, uma bela peça cromada que conferia ainda mais requinte ao modelo.
Na linha 500 a seta ficava na grade, composta por frisos horizontais “de farol a farol”, já na versão LTD/Landau a grade era de tamanho reduzido e na vertical, esta ficava só na parte central da dianteira do veículo. Sobrando ainda uma sessão entre os faróis e a grade composta de lata na cor do veículo, chamado de bandeja. Nessa peça bem ao centro era adornado os piscas dianteiros.
Ainda na dianteira do carro o capô ganhou um novo desenho com um ressalto ao centro que abria em desenho de funil para o sentido do párabrisas.
Na traseira a tradicional lanterna quadrada foi substituída pela de desenho retangular e perfil inclinado. Ao centro um pequeno retangulo. Para alojar a nova lanterna a traseira do carro foi retrabalahada.
1974
A consolidação
Sem alterações no desenho o Galaxie 500 e o Galaxie LTD/Landau mantém-se como os carros mais caros e de maior luxo oreferecido pela Ford do Brasil. O modelo 500 passa a ser mais espartano nos acabamentos internos. Os pedais perderam as molduras em alumínio polido e o portamalas passa perde boa parte de sua tapeçaria, as laterais agora passam a lembrar os primeiros modelos sem os “papelões” de acabamento.
1975
O fim de uma era
Para os mais tradicionalistas o ano de 1975 é considerado o final de uma época de ouro do Ford Galaxie. Esse é o último ano da chamada frente em pé com o conjunto ótico disposto na vertical e do desenho hardado do Galaxie 1966 norte-americano.
76 a 83 Um novo capitulo da historia em breve!
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